Apesar de ter oficializado apoio a Lula, a federação incluiu cláusula nominal para divergência de apoio eleitoral
A federação entre PSol e Rede teve a sua primeira Assembleia Geral Nacional realizada nesta quinta-feira (9), na Câmara dos Deputados. Na reunião ficou definida a participação formal na coligação para apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República. Na sequência, foi aprovada uma resolução que veta coligações regionais com partidos de extrema-direita e considerados, por eles, neoliberais. No entanto, o documento inclui uma cláusula nominal a candidatas que divergem da orientação eleitoral da federação.
O dispositivo foi criado para garantir que nomes como o da ex-senadora Heloísa Helena (AL), da ex-ministra Marina Silva (AC) e do deputado estadual Melchior Naelson Batista, conhecido como Chió (PB), não sejam caracterizados como infidelidade partidária.
Proibições
O estatuto da federação entre os dois partidos proíbe que sejam formadas alianças estaduais com partidos da base de apoio a Bolsonaro, ou seja, principalmente o PL, PP, PR, PTB e PSD estão vetados. Além desses, também entram no rol partidos classificados como da “direita neoliberal”: MDB, PSBD, União Brasil, Podemos, Avante e Novo.
“Alianças que extrapolem esses limites serão desfeitas pela Executiva Nacional da Federação. Declarações de dirigentes ou filiados, especialmente na imprensa, não expressam a posição da Federação PSol/Rede e devem ser desautorizadas pelas direções locais dos partidos federados”, indica a resolução.
Bahia.ba