A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, nesta quarta-feira (22), os sete réus do chamado “núcleo da desinformação” — o quarto grupo investigado no processo sobre a tentativa de golpe de Estado — com penas que variam entre 7 e 17 anos de prisão.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), os condenados foram responsáveis por ações de propaganda e disseminação de fake news para sustentar o plano golpista e desacreditar o sistema eleitoral.
O relator, ministro Alexandre de Moraes, votou pela condenação de todos os réus e foi acompanhado por Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino. O ministro Luiz Fux divergiu e votou pela absolvição.
Entre os condenados, o major da reserva Ângelo Denicoli recebeu a maior pena: 17 anos de prisão, por produzir e divulgar documentos falsos sobre urnas eletrônicas. O coronel Reginaldo Abreu foi condenado a 15 anos e 6 meses, e o policial federal Marcelo Bormevet a 15 anos, por uso ilegal de recursos da Abin para espionagem e incentivo à violência.
O major Ailton Barros e o tenente-coronel Guilherme Almeida receberam 13 anos cada, enquanto o servidor Giancarlo Rodrigues foi condenado a 14 anos por montar uma rede clandestina de vigilância. Já Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal, teve a menor pena: 7 anos e 6 meses, além de 40 dias-multa.
Os demais deverão pagar 120 dias-multa, calculados com base no valor de um salário mínimo por dia. As defesas negaram todas as acusações e anunciaram que recorrerão das condenações.
Comunicação em Ação | com informações da CNN
Foto:BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
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