Privatização da Eletrobras depende de divulgação do balanço e TCU

Na terça-feira (22), acionistas aprovaram a venda do controle acionário da União, cuja participação cairá de 70% para 45%

Foto: assessoria/Eletrobras
Foto: assessoria/Eletrobras

 

A privatização da Eletrobras depende de mais duas etapas para poder ser realizada. A primeira está confirmada para março: a divulgação do balanço de 2021. Já a apreciação final pelo Tribunal de Contas da União (TCU) deve ocorrer entre o próximo mês e abril. Na terça-feira (22), a Assembleia de Acionistas aprovou a venda do controle acionário pelo governo federal. A proposta teve apoio de acionistas privados, já sindicatos ligados a empregados da Eletrobras protestaram.

Na assembleia, os acionistas aprovaram ainda a venda das ações da companhia em Itaipu por R$ 1,2 bilhão e a cisão da Eletronuclear, operadora das usinas nucleares de Angra dos Reis. Após a venda de ações, a Eletrobras deverá pagar ao governo R$ 57,3 bilhões referentes à renovação das outorgas de usinas hidrelétricas que opera e a renovações de contratos.

Os resultados de 2021 da estatal serão divulgados em 14 de março. Em seguida, a assembleia geral ordinária fará a aprovação das contas. Esses ritos atendem as regras para a publicação do prospecto a investidores sobre ofertas de ações. Na desestatização da Eletrobras, o TCU precisará avaliar o preço da ação, calculado por consultorias.

A privatização da Eletrobras, como ocorre com as demais estatais, enfrenta barreiras políticas também. Nesta quarta (23), o ex-presidente e presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a transação. “Não há necessidade de se vender um patrimônio construído pelo povo brasileiro, que regula o sistema elétrico, e que pode impedir preços abusivos nas contas de energia.” 

Com informações da Folha de S. Paulo.

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