Buscando fortalecer o compromisso do município com a equidade racial e avançar na construção de uma rede de proteção antirracista, a Prefeitura de Alagoinhas realizou, nesta quinta-feira 27, o Curso de Letramento Racial com foco nas Infâncias e Adolescências Negras. A formação acontece no auditório do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, nos dias 27 (das 8h às 18h) e 28 de novembro (das 8h às 12h).
A iniciativa é promovida pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), em parceria com a Gerência de Políticas Raciais, Povos Originários, Comunidades Tradicionais e População Negra, vinculada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SEDES).
A formação é destinada a profissionais da rede de proteção à criança e ao adolescente, bem como à população em geral, contando com carga horária de 12 horas e certificação. O curso aborda temas essenciais para o enfrentamento ao racismo, entre eles: “Racismo Estrutural e o Apagamento das Narrativas Negras na História”, “Infâncias e Adolescências Negras: Histórias, Negação e Resistências” e “Antirracismo na Prática”.
A formação é ministrada pela Dra. Aline Najara, CEO da Umoja Ensino e Consultoria, que conduziu um espaço de diálogo e construção coletiva voltado à promoção de uma sociedade mais justa, inclusiva e antirracista.
Durante sua fala, Aline destacou a urgência de compreender e enfrentar o impacto do racismo estrutural sobre crianças e adolescentes negros: Trabalhar o letramento racial e compreender os impactos do racismo estrutural sobre as crianças e adolescentes é um passo fundamental não apenas para o poder público, mas para toda a sociedade. Só assim seremos capazes de transformar essa realidade e promover mudanças efetivas, sustentadas por políticas públicas comprometidas com a equidade.”
O coordenador do Sistema de Proteção aos Direitos da Criança e do Adolescente (CPCA), Vanderlon de Araújo, destacou o propósito da ação: “A proposta deste curso é garantir que o que está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente seja efetivado, assegurando que as especificidades de cada criança sejam, de fato, atendidas — neste caso, as crianças e adolescentes negros. Além de ampliar o entendimento sobre as dinâmicas do racismo, buscamos fomentar práticas profissionais na rede de proteção que estejam alinhadas à equidade racial.”
O participante Bruno Santos elogiou a ação e destacou o impacto da formação: “Participar desse curso está sendo transformador. Muitas vezes, no dia a dia, não percebemos como o racismo atravessa nossas práticas profissionais e até nossa forma de olhar para as infâncias”.
Fotos: Roberto Fonseca/Secom/Alagoinhas/





