Em um movimento com impactos internacionais, Brasil e China assinaram um acordo de comércio bilateral, reduzindo a burocracia e os custos nas exportações de carne bovina e soja. O foco da parceria é um sistema blockchain chinês que rastreará os produtos "do campo ao porto de Xangai", reduzindo o tempo de liberação de 14 para 2 dias e gerando uma economia anual estimada em R$ 12 bilhões aos produtores brasileiros.
Pelo acordo, 40% das transações comerciais passarão a ser feitas em yuan digital, contornando o uso do dólar e eventuais sanções econômicas. Segundo a Folha de SP, o ministro Fernando Haddad classificou o movimento como “uma arma contra o imperialismo cambial”, durante a assinatura do memorando com o vice-presidente chinês Han Zheng. O plano inclui a construção de silos com controle chinês nos portos de Santos e Paranaguá, garantindo o escoamento mesmo em cenários de instabilidade geopolítica.
Para o embaixador Celso Amorim, o acordo representa um avanço nas relações bilaterais:"Enquanto os EUA praticam xenofobia comercial, nós construímos pontes tecnológicas com quem respeita nossa autonomia". O modelo deve ser ampliado para minérios e etanol, fortalecendo a cooperação Sul-Sul.
Projeções para 2025:
• Soja: Exportações para a China devem crescer de 82 para 95 milhões de toneladas
• Carne Bovina: Ampliação da cota em 300 mil toneladas, com foco nos pequenos produtores
• Empregos: Criação estimada de 200 mil novos postos nas áreas rural e de logística
Do Metro1
Foto: Ricardo Stuckert / PR