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Foto:STF |
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que
que as mudanças climáticas e a proteção ambiental são “grandes questões definidoras do nosso tempo”, e que o aquecimento global está mudando a vida no planeta.
A declaração foi feita nesta segunda-feira (20) no plenário do STF, durante cerimônia de instalação do 167º Período Ordinário de Sessões da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
“A natureza escolheu, infelizmente, tragicamente, o Rio Grande do Sul para ser o grande alerta de que há um problema grave e urgente ocorrendo no mundo e que precisamos enfrentar”, pontuou Barroso.
Ao lado do ministro, estavam presentes no evento, a presidente da CIDH, juíza Nancy Hernández, o vice-presidente da Corte, juiz Rodrigo Mudrovitsch, o advogado-geral da União, Jorge Messias, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, e o ministro do STF Gilmar Mendes.
Durante o discurso, Barroso citou três dificuldades encontradas para tratar do tema.
“A primeira é que ainda existe algum grau relevante de ignorância e negacionismo, apesar de a quase totalidade dos cientistas testemunharem que é a ação do homem na Terra que está provocando esse conjunto de fenômenos que vêm abalando a condição de vida”, disse.
Conforme o magistrado, os problemas restantes são o fato de consequências graves da mudança climática se derem na próxima geração, levando a política a deixar de adotar medidas no presente, e a necessidade de uma ação coordenada internacional para enfrentar o tema.
“Nenhum país tem condições de, isoladamente, equacionar a questão climática e, por via de consequência, organismos internacionais vêm se empenhando em relação a esse tema”, completou.
Metro1