General Santos Cruz diz que silêncio de Bolsonaro ‘é coisa de covarde’

'Negócio de covarde você esperar que o circo pegue fogo para ver como pode se beneficiar', completou o ex-ministro

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 

O general Alberto dos Santos Cruz (Podemos), ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência de Jair Bolsonaro (PL), criticou o silêncio adotado pelo atual chefe do Executivo após a derrota para Lula (PT) nas eleições presidenciais deste ano.

Em entrevista ao colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, Santos Cruz afirmou que é obrigação de um presidente se manifestar após as eleições e promover a “paz social”. Segundo o militar, o silêncio de Bolsonaro é um “negócio de covarde”.

“Tem que olhar para frente, pô, quem ganhou tem que governar direito e quem perdeu tem que se organizar para ser oposição, esse é o padrão. Esse silêncio pode ser interpretado como um negócio de covarde de você esperar que o circo pegue fogo para ver como pode se beneficiar”, criticou.

Ainda durante a entrevista, o general voltou a afirmar que a entrada das Forças Armadas nas eleições foi um “erro grandíssimo”. “Eu espero que nunca mais as Forças Armadas participem do processo eleitoral, não tem nada a ver com a expertise das Forças Armadas, não tem nada a ver com a função. Foi um erro ter aceitado o convite do TSE, já existem vários órgãos que participam desse processo de validação, as Forças Armadas não tem nada a ver”, destacou o ex-ministro.

“Outro erro foi ter produzido o relatório técnico com uma conclusão que deixou dupla interpretação. Quando você deixa a coisa sem definição num ambiente de extremismo, é uma arapuca que você entra e não consegue mais sair”, completou.

Bahia.ba

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