Empresários querem extensão de linhas de crédito para compensar efeitos da crise

Segundo pesquisa do Sebrae que mede impactos da pandemia no setor, empreendedores ainda enfrentam dificuldades para acessar empréstimos

Redação

Foto: Oswaldo Corneti/Fotos Públicas

Os empresários da Bahia apontam a extensão de linhas de crédito e do auxílio emergencial como medidas importantes para compensar os efeitos da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus. É o que revela a 10ª edição da pesquisa do Sebrae que avalia os impactos da pandemia nos pequenos negócios.

Segundo o levantamento, 44% dos empresários que responderam à pesquisa esperam que haja extensão de linhas de crédito, como o Pronampe, para poder ganhar fôlego frente à crise. Outros 38% apontam a extensão do auxílio emergencial como uma importante medida diante do momento.

O crédito vem sendo apontado como uma alternativa por muitos empresários desde o início da pandemia. Mas os pequenos negócios continuam enfrentando dificuldades para acessar os recursos. A pesquisa do Sebrae mostra que 51% dos empreendedores da Bahia buscaram empréstimo quando a crise iniciou. Desses, 59% afirmaram não ter conseguido, 39% disseram ter obtido resposta positiva, enquanto 11% ainda aguardam resposta.

Faturamento

O estudo do Sebrae revela ainda que 81% dos empresários registraram perda do faturamento, sendo que a maioria registrou, em 2020, uma redução de 54% em relação a 2019.

A crise amargou também o final de ano e o período de Carnaval dos empresários da Bahia. Segundo a pesquisa, 67% afirmaram que as vendas no fim de 2020 foram piores que 2019. Sem os festejos carnavalescos, 79% disseram que as vendas no período foram piores do que 2020. Para os empreendedores do estado, a crise deve durar ainda uma média de 17 meses.

“O momento é delicado e exige atenção. Nessas horas, o Sebrae reforça o seu papel de apoio aos micro e pequenos negócios. Estivemos juntos ao longo de 2020 e estaremos juntos em 2021, para levar soluções e apoiar nossos empresários no enfrentamento da crise, que se prolonga em função da pandemia”, afirma o superintendente do Sebrae Bahia, Jorge Khoury.

O Sebrae entrevistou 354 empresários na Bahia, entre os dias 25 de fevereiro e 1º de março.

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