Cade afirma que mulher de Moraes não atuou no caso do Banco Master


Órgão diz não haver registro de participação de Viviane Barci em processos envolvendo a instituição financeira

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) informou que Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, não atuou em procedimentos relacionados ao Banco Master no âmbito do órgão. A declaração ocorre após a divulgação de detalhes de um contrato milionário firmado entre o banco e o escritório de advocacia da qual ela é sócia.

O acordo foi assinado em 16 de janeiro de 2024 e previa o pagamento de R$ 3,6 milhões mensais por um período de três anos, totalizando cerca de R$ 130 milhões até 2027 — ano em que Alexandre de Moraes deverá assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF).

Cade diz não ter sido procurado pelo escritório

Segundo comunicado oficial, não houve qualquer solicitação de reunião, audiência ou atuação formal de Viviane Barci de Moraes ou de integrantes de seu escritório no Cade desde o início da vigência do contrato com o Banco Master.

O esclarecimento ganha relevância porque o Cade teve papel central no processo de tentativa de aquisição do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), operação anunciada em março deste ano.
Negócio com o BRB passou pelo Cade, mas foi barrado pelo Banco Central

Embora o Banco Central (Bacen) tenha vetado a operação ao identificar irregularidades na negociação de créditos, o Cade acabou aprovando o negócio em junho, sem impor restrições concorrenciais.

De acordo com os registros do órgão, a defesa do Banco Master no Cade foi conduzida exclusivamente pelo escritório Pinheiro Neto, que consta formalmente nos autos. O nome do escritório Barci de Moraes não aparece em nenhum documento do processo administrativo.

Do Contra Fatos

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