Trump ordena bloqueio a petroleiros da Venezuela e eleva tensão entre EUA e governo Maduro


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira a ordem de um “bloqueio total e completo” a todos os petroleiros sancionados que entrem ou saiam da Venezuela, intensificando a pressão de Washington sobre o governo de Nicolás Maduro e atingindo diretamente a principal fonte de receita do país sul-americano: o petróleo.

A medida, divulgada por Trump na rede Truth Social, ocorre em meio a um aumento da presença militar norte-americana na região, com o deslocamento de milhares de soldados e navios de guerra. Ainda não está claro como o bloqueio será implementado nem se envolverá interceptações diretas por forças navais dos EUA, o que levanta questionamentos jurídicos e políticos sobre a legalidade da ação, considerada por críticos como um possível ato de guerra sem autorização do Congresso.

O governo venezuelano reagiu com veemência, classificando a decisão como uma “ameaça grotesca” e acusando os Estados Unidos de tentarem se apropriar das riquezas energéticas do país. Especialistas em direito internacional alertam que bloqueios navais são tradicionalmente associados a contextos de conflito armado e podem violar normas do direito internacional.

No mercado internacional, o anúncio provocou reação imediata. Os preços do petróleo subiram mais de 1% nas negociações asiáticas, refletindo o temor de uma redução nas exportações venezuelanas. Analistas avaliam que, caso o bloqueio se mantenha, a retirada de até um milhão de barris por dia do mercado global pode pressionar ainda mais os preços.

A Venezuela já enfrenta queda acentuada nas exportações após a apreensão de um petroleiro na semana passada e um ataque cibernético que afetou os sistemas da estatal PDVSA. A China, principal compradora do petróleo venezuelano, acompanha o cenário com atenção, enquanto operadores aguardam sinais concretos sobre a aplicação efetiva do bloqueio.

A escalada das tensões aumenta a incerteza geopolítica e energética, com potenciais impactos econômicos globais e riscos de agravamento da crise humanitária na Venezuela, caso as sanções se intensifiquem.

Por Comunicação em Ação | com informações da Reuters
Reuters/Issac Urrutia

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