Jesus, e não a Virgem Maria, salvou o mundo, diz o Vaticano


Jesus pode ter ouvido palavras de sabedoria de sua mãe Maria, mas ela não o ajudou a salvar o mundo da condenação, disse o Vaticano nesta terça-feira (4).

Em um novo decreto aprovado pelo papa Leão XIV, o principal escritório doutrinário do Vaticano instruiu os 1,4 bilhão de católicos do mundo a não se referirem a Maria como a "corredentora" do mundo.

Somente Jesus salvou o mundo, diz a nova instrução, resolvendo um debate interno que confundiu as principais figuras da Igreja por décadas e até mesmo provocou um raro desacordo aberto entre os papas recentes.

"Não seria apropriado usar o título 'corredentora'", diz o texto. "Esse título (pode) criar confusão e um desequilíbrio na harmonia das verdades da fé cristã."

Os católicos acreditam que Jesus redimiu a humanidade por meio de sua crucificação e morte. Os estudiosos da Igreja têm debatido durante séculos se Maria, que os católicos e muitos cristãos chamam de Mãe de Deus, ajudou Jesus a salvar o mundo.

O falecido papa Francisco se opôs ferozmente a conceder a Maria o título de "corredentora", chegando a chamar a ideia de "tolice".

"Ela nunca quis tirar nada de seu filho para si mesma", disse Francisco, que morreu em abril, em 2019.

O antecessor de Francisco, Bento XVI, também se opôs ao título. Seu antecessor, João Paulo 2º, chegou a apoiar a concessão do título a Maria, mas parou de usá-lo publicamente em meados da década de 1990, depois que o escritório doutrinário começou a expressar ceticismo.

A nova instrução do Vaticano destacou o papel de Maria como intermediária entre Deus e a humanidade. Ao dar à luz Jesus, ela "abriu os portões da Redenção que toda a humanidade aguardava", afirmou.

De acordo com a Bíblia, a resposta de Maria ao anjo que lhe disse que ela ficaria grávida foi: "Que assim seja".

Da Reuters
Foto:REUTERS/Remo Casilli

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