Caetano, Gil e Chico lideram ato contra PEC da Blindagem no Rio


No Rio de Janeiro, artistas, parlamentares e movimentos sociais se reuniram na tarde deste domingo (21) na orla de Copacabana, na Zona Sul, em protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem e a tramitação de urgência do projeto que prevê anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

O evento, nomeado nas redes como “ato musical”, contou com apresentações de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Djavan, Paulinho da Viola, Maria Gadú, Marina Sena, Lenine e Os Garotin, reunidos em um trio elétrico montado no Posto 5 da praia, sob o comando de Caetano.

Entre camisas vermelhas e amarelas, numa tentativa do campo progressista de ressignificar o uniforme da seleção brasileira, manifestantes começaram a chegar à região desde o início da tarde. Muitos utilizaram o metrô a partir das 12h, antes do início oficial do ato, marcado para as 15h.

Em vídeo divulgado na semana passada, Caetano classificou a proposta como “PEC da Bandidagem” e convocou a população a se mobilizar. “Essa PEC precisa receber da sociedade brasileira uma resposta socialmente saudável, uma manifestação de que grande parte da população não admite isso, ainda mais sendo levada às pressas”, afirmou.

Além dos shows, o ato incluiu uma marcha contra a intolerância religiosa e um cortejo de blocos. Durante todo o protesto, manifestantes entoaram palavras de ordem contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, como “sem anistia” e “Bolsonaro na prisão”.

O evento contou também com a presença de lideranças políticas, como os deputados federais Lindbergh Farias (PT), Talíria Petrone (PSol), Chico Alencar (PSol), Henrique Vieira (PSol), Glauber Braga (PSol) e Jandira Feghali (PCdoB), além da deputada estadual Dani Balbi (PCdoB) e da vereadora Thais Ferreira (PSol).

Manifestações ocorreram também em outras capitais, como Brasília, Natal, Salvador, Belém, Belo Horizonte, Manaus e São Luís pela manhã, e à tarde em São Paulo, Porto Alegre, Recife e outras cidades.

A PEC da Blindagem estabelece que deputados e senadores só poderão ser investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) caso a maioria de suas casas legislativas autorize: 257 votos na Câmara ou 41 no Senado. A decisão seria tomada em votação secreta, com prazo de até 90 dias para análise (ou 24h em casos de flagrante ou crimes inafiançáveis). O texto ainda precisa tramitar no Senado antes de eventual sanção presidencial.

Já o PL da Anistia está sob relatoria do deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que articula a proposta como uma forma de reduzir penas dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O tema gerou críticas de diferentes espectros políticos e motivou parte das manifestações deste domingo.

Do Bahia.ba

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