Abuso espiritual e sexual: líder de grupo espírita pega mais de 50 anos de prisão



O líder da Sebas (Associação Sociedade Espírita Brasileira Amor Supremo), Kleber Aran Ferreira e Silva, de 50 anos, foi condenado a uma pena severa de 50 anos, 16 meses e 25 dias de prisão em regime fechado. A condenação, proferida pela 1ª Turma da Segunda Câmara Criminal do TJ-BA (Tribunal de Justiça da Bahia) em 12 de setembro, acolheu um recurso do Ministério Público (MP-BA) e aumentou significativamente a sentença inicial. Kleber foi responsabilizado pelos crimes de violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável.

As investigações e o acórdão do TJ-BA destacaram um padrão de abuso de poder e manipulação psicológica e espiritual exercido pelo réu sobre as vítimas. O esquema consistia em atrair mulheres em busca de cura ou orientação emocional, utilizando sua posição de líder para induzir relações sexuais. Kleber alegava falsamente que tais práticas eram necessárias para a realização de "trabalhos espirituais" e para fornecer "energia sexual" a entidades. Para aumentar a vulnerabilidade das vítimas, elas eram coagidas a consumir bebidas alcoólicas durante os encontros.

Além da longa pena de reclusão, o líder religioso foi condenado a pagar R$ 50 mil de indenização por danos morais a cada uma das três vítimas identificadas no processo. A investigação teve início em 2020, e o réu foi preso em novembro de 2024, em Salvador, enquanto realizava um evento público de supostas cirurgias espirituais. O Tribunal de Justiça baiano confirmou que as provas apresentadas demonstraram a gravidade dos crimes cometidos.

Do Alô Juca

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