Irmã Dulce, primeira santa brasileira, é celebrada neste 13 de agosto



Irmã Dulce, nascida Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, em Salvador, no dia 26 de maio de 1914, ficou conhecida como o “Anjo Bom da Bahia”. Desde a infância, demonstrava um forte desejo de seguir a vida religiosa e, já na adolescência, começou a cuidar de pobres, doentes e pessoas em situação de rua.

Mesmo tendo sido recusada em um convento por ser muito jovem, ela persistiu em sua vocação e, em 1933, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Um ano depois, fez seus votos e passou a ser chamada de Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe.

Obra que salva vidas

Ao longo de mais de 50 anos de missão, Irmã Dulce fundou e desenvolveu importantes projetos sociais. Em 1936, criou a União Operária São Francisco e, logo depois, o Colégio Santo Antônio, voltado para filhos de operários.

Seu maior legado foi o albergue para doentes instalado nos fundos do convento de Santo Antônio, que, com o tempo, se transformou no Hospital Santo Antônio – hoje parte das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), um dos maiores complexos filantrópicos do Brasil. A instituição atende gratuitamente milhares de pessoas diariamente e é referência nacional em saúde e inclusão social.

A data

O número 13 carrega um simbolismo curioso e marcante na trajetória de Irmã Dulce. Ela faleceu em um dia 13, no mês de março de 1992. Foi canonizada também em um dia 13, em outubro de 2019, pelo Papa Francisco.

Muitos devotos veem nesse número um sinal da presença divina em sua missão. Não por acaso, várias celebrações em sua homenagem acontecem nessa data, como o “Dia da Santa Dulce dos Pobres”, lembrado todo 13 de agosto, data da sua ordenação como freira em 1933.

Admiradores famosos e apoio contínuo

A obra de Irmã Dulce segue viva, graças não apenas ao trabalho dos religiosos e voluntários, mas também ao apoio de admiradores famosos. Um dos nomes mais reconhecidos é o do escritor Paulo Coelho, que já ajudou financeiramente as Obras Sociais Irmã Dulce e, em diversas ocasiões, exaltou a vida da santa baiana como exemplo de caridade, fé e compaixão.

Outros artistas e personalidades públicas, como os já falecidos Paulo Gustavo e Preta Gil, também colaboram com doações e eventos beneficentes que ajudam a manter viva a missão de cuidar dos mais necessitados.

Milagres reconhecidos pela Igreja Católica

Irmã Dulce foi beatificada pela Igreja Católica Apostólica Romana em 2011, após o reconhecimento de um milagre relacionado à recuperação de uma mulher que estava desenganada após o parto. Em 2019, teve um segundo milagre reconhecido – a cura inexplicável de um homem cego há 14 anos.

Esses dois milagres reconhecidos pela Igreja de Roma abriram caminho para sua canonização. Hoje, Santa Dulce dos Pobres é a primeira santa nascida no Brasil, símbolo de fé, compaixão e serviço ao próximo.

Do Bahia.ba

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