PIAUÍ: Menina de 3 anos morre após comer arroz envenenado

Foto: Pexels

 

Morreu na madrugada desta segunda-feira (6) a terceira vítima de envenenamento no município de Parnaíba, Piauí. Lauane da Silva, de 3 anos de idade, estava internada desde a última quarta-feira (1º), no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), depois de comer arroz envenenado com terbufós, segundo publicação da Agência Brasil.

O terbufós, conhecido como “chumbinho”, se trata de um composto químico usado como inseticida para controlar pragas de plantas. É uma substância tóxica dos organofosforados e é frequentemente vinculada a casos de intoxicação no Brasil e no mundo.

O terbufós tem a comercialização proibida no Brasil para uso doméstico. Ela tem o uso permitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação em lavouras de cana-de-açúcar, amendoim, feijão, entre outras, como forma de controle de pragas, como ratos.

“Os sintomas de intoxicação aparecem geralmente em até 1 hora após a ingestão e incluem náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia, incontinência fecal e urinária, salivação excessiva, aumento da secreção pulmonar, corrimento nasal excessivo e presença de espuma na boca. A pessoa pode ter ainda sudorese, lacrimejamento excessivo, visão embaçada, contração da pupila, cefaleia, fala arrastada, confusão mental, tremores, convulsões, taquicardia, dificuldade respiratória, coma e morte por insuficiência respiratória”, afirmou o perito e farmacêutico Ken Ichi Namba.

Envenenamento

O delegado Abimael Silva, responsável pela investigação do envenenamento, confirmou à Agência Brasil que a substância foi encontrada na comida.

O veneno age paralisando o sistema nervoso, causando a morte rápida das pragas. Quando utilizado de forma errada, o veneno pode matar também seres humanos e animais.

O arroz envenenado foi consumido pela família durante o almoço e foi feito com as sobras da véspera de Ano Novo.

No total, nove pessoas da família foram afetadas pelo veneno. Ao passarem mal, as vítimas foram levadas para o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda).

O primeiro óbito foi de Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, que morreu ainda na ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A segunda, Igno Davi da Silva, 1 ano e 8 meses, morreu pouco depois de dar entrada no hospital.

Atualmente, Francisca Maria da Silva, 32 anos (mãe de Lauane e Igno Davi) e a irmã de Lauane, de 4 anos (filha de Francisca Maria) encontram-se internadas. Francisco de Assis Pereira da Costa, 53 anos (padrasto de Manoel e Francisca), uma criança de 11 anos (filho de Francisco de Assis), uma adolescente de 17 anos (irmã de Manoel) e Maria Jocilene da Silva, 32 anos, receberam alta.

Do Bahia.ba 

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