O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pediu a apuração das circunstâncias da morte da bebê de oito meses que apresentou sinais vitais durante o próprio velório, no último sábado (19/10). A medida visa verificar se, em algum momento, houve negligência em relação à vida da criança por parte dos médicos ou familiares.
“É precipitado, no momento, tirar qualquer conclusão sobre o caso antes da realização dos laudos, mesmo porque, apesar da presença de poucos batimentos cardíacos até o retorno da criança ao hospital, os bombeiros também constataram outros sinais compatíveis com a morte, como pupilas dilatadas e não reagentes e arroxeamento em algumas partes do corpo”, explicou o promotor de Justiça Marcus Vinicius dos Santos.
O caso aconteceu na cidade de Correia Pinto (SC). O hospital do município serrano atestou a morte de uma bebê de oito meses e liberou o corpo para o velório. Durante a cerimônia, no entanto, familiares teriam notado que a temperatura corporal da criança se mantinha e que a menina mexia os braços e as mãos dentro do caixão.
Um farmacêutico, o Conselho Tutelar e o Corpo de Bombeiros foram acionados. Eles constataram, por meio de oxímetro infantil e estetoscópio, que a criança apresentava saturação – quantidade de oxigênio no corpo – e batimentos cardíacos fracos, mas pupilas contraídas e não reagentes e arroxeamento em algumas partes do corpo.
A bebê foi levada novamente pelos bombeiros ao hospital, onde foi realizado um eletrocardiograma. Após o resultado do exame, a direção declarou, mais uma vez, que não foram constatados batimentos cardíacos, confirmando o óbito. O corpo da criança foi recolhido e será submetido a autópsia para determinar a causa exata da morte.
Segundo o promotor, a expectativa é de que os laudos cadavérico e anatomopatológico fiquem prontos dentro de 30 dias, auxiliando no andamento da investigação. “Buscamos dar respostas à família, à população e também ao hospital, além de verificar a regularidade dos procedimentos”, disse Marcus Vinicius dos Santos.
Do SBT NEWS