O mês de setembro chegou e a união de tradição e fé mobiliza os baianos para um bom caruru em homenagem a santos e divindades da religião católica e do candomblé. Celebrado todos os anos no dia 27 de setembro, o “caruru de sete meninos”, como também é conhecido, se tornou patrimônio imaterial da Bahia.
O título ao prato feito com quiabo, camarão seco e muito azeite de dendê foi aprovado por unanimidade pelo pleno do Conselho Estadual de Cultura (CEC). O registro deve ser publicado no Diário Oficial da Bahia no dia da celebração.
A vice-presidente da Câmara de Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural (CPHAAN), conselheira Evanice Lopes, foi a relatora do processo e apresentou parecer favorável à aprovação do título. “Não nos deixa dúvidas de que a Festa do Caruru de São Cosme e São Damião é uma das principais e mais antiga manifestação religiosa popular baiana, reunindo características próprias na junção de símbolos místicos e elementos plurais do sincretismo religioso baiano como estratégia de festejar, celebrar e agradecer”, argumentou ela em defesa.
CONSELHO ESTADUAL DE CULTURA DA BAHIA
Criado em 1967, é um órgão colegiado do Sistema Estadual de Cultura, que tem como finalidade contribuir na formulação da política estadual de cultura, através de discussões, decisões e trabalhos desenvolvidos pelas câmaras, comissões e sessões plenárias. A Câmara de Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural (CPHAAN) é um dos principais instrumentos de trabalho do Conselho, tendo como missão analisar e emitir parecer sobre pedidos de registros (patrimônios intangíveis) e tombamentos (bens materiais) encaminhados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac).
Do Aratu On