O chapéu. A sanfona. O sorriso brejeiro. A língua afiada. Antes do evento, aparecia, querendo tocar. Depois, aparecia, para as críticas. E falar de comida. Falar das viagens.Contar casos. Dar risada.
Conheci Zé, na década de noventa, quando era Secretária de Cultura e ele forrozeiro. Tocava nos eventos juninos. Em 1993, tocou muito, na Casa da Cultura,na "Quinta Sanfoninha do Forró"! Andava, por todos esses Municípios, grandes e pequenos, nos Distritos, nos Povoados, com a mesma disposição e alegria. Alegria, aliás, era a marca registrada do Zé.
Nesses sete anos do Governo Joaquim Neto foi um parceiro constante da Secretaria de Cultura Esporte e Turismo. Entrava no prédio da Biblioteca e se alojava na sala de Erivaldo. E quando eu aparecia, ele confessava sua admiração, pela forma como o Diretor trata todas as pessoas e dispensava toda atenção a ele. E quando Carlinhos Zambê aparecia, a conversa ficava mais quente e as risadas mais altas. Tocou no palco principal do São João, mais de uma vez, inclusive, em 2023! E também nos Distritos, nos Povoados, nas Alvoradas, nos forrós dos Clubes!... Ontem, quando passou mal, estava tocando forró! Fazendo o que mais gostava depois da família: tocar forró!
Difícil é a conjugação do verbo, Zé. Como colocar você, no passado, se você é tão presente, na nossa vida? Então, vou colocar você, no futuro, porque você será inesquecível, Zé, no contexto da nossa música, na memória da nossa cultura, na história do seu Estevão e da nossa querida Alagoinhas.
Zé Ribeiro. Forrozeiro eterno.Saudades da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo/Prefeitura Municipal de Alagoinhas.