Parlamentares propuseram a criação de um grupo de trabalho para debater o tema junto com o governo, a Coelba, setor produtivo e sociedade civil
Em audiência pública realizada pelas comissões de Agricultura e Infraestrutura da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) com a presença do presidente da Coelba, Luiz Antonio Ciarlini, nesta terça-feira (30), parlamentares baianos relataram prejuízos e cobraram soluções para problemas no fornecimento de energia no estado.
“Hoje os problemas são diversos e atingem todo o estado. No caso do setor agropecuário, impacta do pequeno ao grande produtor. Então, nós estamos propondo a criação desse grupo de trabalho para discutir esses gargalos. Precisamos ter uma noção de quais são as demandas em cada um desses segmentos. Não adianta ficarmos apenas no discurso, na conversa, precisamos avançar e trazer resultados, soluções para estes problemas”, afirmou o presidente da Comissão de Agricultura, deputado Manuel Rocha (União Brasil).
O parlamentar defendeu a criação de grupo de trabalho que tenha participação da Alba, do governo do estado, da Coelba, de integrantes do Sistema S, produtores rurais, sociedade civil, além de outros segmentos do setor produtivo. A ideia é que o grupo se reúne mensalmente. Rocha citou como exemplo um projeto da Associação dos Produtores Rurais do Pratudão (Aprup), que inclui os municípios de Jaborandi, Côcos, Coribe e Correntina. A iniciativa já conta com acesso à água e licenças ambientais, numa área de 70 mil hectares, mas ainda não há infraestrutura energética, o que impede o início da operação. Os investimentos no projeto são da ordem de R$ 1 bilhão.
Presidente da Comissão de Infraestrutura, o deputado Eduardo Salles (PP) destacou a necessidade de um “raio-X” em torno dos problemas da infraestrutura energética, para servir de base para ajudar na busca por soluções.
O presidente da Coelba, por sua vez, citou dados sobre investimentos realizados e explicou que a empresa atende a 417 municípios, sendo dois de outros estados. Luiz Antonio Ciarlini informou que a companhia conta com 368 subestações na Bahia, sendo a terceira maior distribuidora em quantidade de clientes no país (são cerca de 6,5 milhões).
Ciarlini ainda afirmou que a Coelba faz mais de 200 mil novas ligações por ano e informou que na região oeste da Bahia, cuja principal atividade é a agropecuária, houve por muitos anos dificuldade por falta de rede básica que proporcionasse expansão.
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