Riscos foram apresentados em ata da última reunião do Copom, realizada na semana passada
Redação
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Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil |
Os riscos associados à evolução da pandemia de Covid-19 e os efeitos dos auxílios emergenciais podem levar uma reversão retomada econômica, na avaliação do Banco Central. Este alerta integra a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), na terça e quarta-feira da semana passada. O conteúdo foi divulgado nesta terça (26).
“Em relação à atividade econômica brasileira, indicadores referentes ao final do ano passado têm surpreendido positivamente, mas não contemplam os possíveis efeitos do recente aumento no número de casos de covid-19″, ponderou o Copom na ata. “A incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o primeiro trimestre deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais”.
De acordo com o comitê, no cenário internacional, o aumento do número de casos e o aparecimento de novas cepas do vírus têm revertido os ganhos na mobilidade e deverão afetar a atividade econômica no curto prazo. “No entanto, novos estímulos fiscais em alguns países desenvolvidos, unidos à implementação dos programas de imunização contra a Covid-19, devem promover uma recuperação sólida da atividade no médio prazo”.
Assim, diante desses cenários, o Copom julgou apropriado manter, neste momento, “o grau extraordinariamente elevado de estímulo monetário” e manteve a Selic na mínima histórica de 2% ao ano. Os membros do Copom defenderam a continuidade do processo de reformas e ajustes na economia brasileira é essencial.
“O comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia”, conclui o colegiado, na ata. Com informações da Agência Brasil.