PGR arquiva delação de Messer sobre acusação de propina a mentor da Lava Jato

No trecho, doleiro Dario Messer diz ter pago US$ 50 mil por mês durante oito anos ao procurador Januário Paludo para não ser investigado

Por Juliana Rodrigues
Foto : Reprodução

A Procuradoria-Geral da República (PGR) arquivou uma investigação e um trecho de uma delação premiada que trata de supostas propinas pagas pelo doleiro Dario Messer ao procurador regional da República Januário Paludo, integrante da operação Lava Jato do Paraná.

No trecho desconsiderado da delação, obtido pelo UOL, o doleiro fala sobre Paludo e relata pagamentos destinados ao procurador como uma "taxa de proteção mensal". O acordo foi firmado por Messer com a força-tarefa do Rio em agosto.

Conhecido como o "doleiro dos doleiros", Messer declarou ter destinado US$ 50 mil por mês entre 2005 e 2013 a Paludo para que fosse protegido pelo Ministério Público Federal do Paraná. Na delação, não está clara a forma de como os pagamentos supostamente eram feitos. Messer apenas aponta seus operadores como intermediários.

Em nota enviada ao UOL, Paludo nega ter recebido qualquer quantia de Messer ou de qualquer investigado, ou mesmo ter se encontrado com o doleiro. Segundo o procurador, os "supostos fatos [delatados pelo doleiro] foram avaliados por uma instância independente do Ministério Público, com controle do Poder Judiciário, e foram arquivados por se entender que não há mínimas provas do envolvimento do procurador em ilícitos".



Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem