Juiz renuncia cargo após fazer publicação racista no Facebook que remete a Ku Klux Klan

Juiz renuncia cargo após  fazer publicação racista no Facebook que remete a Ku Klux Klan
Foto: Reprodução/ Facebook
Um juiz de uma pequena cidade em Altona, no estado de Nova York, nos Estados Unidos, renunciou ao cargo e nunca mais ocupará o posto novamente, por ter feito uma publicação racista no Facebook. O magistrado Kyle Canning publicou na rede social uma foto de um laço de forca sugerindo que esse deveria ser o destino de pessoas ruins. Ele foi confrontado por tal publicação na Comissão de Conduta Judicial. Na legenda, ele escreveu: “Se queremos fazer a América grande de novo [parafraseando o slogan de campanha do presidente Donald Trump ‘Make America Great Again’], temos de fazer a gente ruim temer a punição de novo”.

Para o administrador da Comissão de Conduta Judicial do Estado de Nova York, Robert Tembeckjian, a postagem do juiz causou danos na confiança do público no Judiciário. “O laço da forca é uma imagem incendiária, com conotações raciais repugnantes”, ele disse. “É a antítese da lei e da justiça. Um juiz que usa essa imagem para defender uma ideia política mina a integridade do Judiciário e a confiança do público”. A imagem é considerada um símbolo extremamente ofensivo à raça negra nos Estados Unidos e sempre foi associado à Ku Klux Klan.

Em sua defesa, o juiz declarou ao The New York Times que não sabia que a imagem era ofensiva. E, por isso, não considerou as conotações raciais quando postou a imagem do laço da forca no Facebook. Ele quis demonstrar seu apoio à pena de morte. “A postagem não era para ser racista, porque eu não sou racista. É uma imagem a favor da pena de morte. Não precisaria ser o laço da forca. Poderia ter sido uma câmara de gás ou uma cadeira elétrica”, ele declarou. O magistrado também declarou que o slogan não era uma demonstração de apoio a Trump, pois não há homem que ele mais despreza do que o presidente dos Estados Unidos.

 

Canning foi eleito em fevereiro de 2018 para ser juiz municipal. O cargo tem a responsabilidade de julgar casos essencialmente de jurisdição municipal, como infração de trânsito e irregularidades de veículos, disputas entre locadores e locatários, pequenas causas civis, contravenções penais ou ilícitos de pequena monta.

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