Lula diz que anistia do 8 de janeiro pode ser aprovada se chegar ao Congresso



Em Belo Horizonte, presidente também criticou atuação de Eduardo Bolsonaro no exterior e defendeu participação popular na política

Durante encontro com comunicadores em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou que a proposta de anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro pode ser aprovada se chegar à pauta do Congresso Nacional. Segundo ele, o risco é real e exige atenção da sociedade.

Lula aproveitou o discurso para criticar a postura do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, cobrando respeito à soberania brasileira.

“Penso que temos oportunidade histórica de consolidar o país como democrático, soberano, que tem como único mandante seu povo”, afirmou o presidente. “Ninguém pode meter o bedelho em nosso país, e a democracia é extremamente importante, embora muitas vezes a gente não veja o efeito.”

Defesa da participação comunitária na política

Além da discussão sobre a anistia, Lula destacou a necessidade de maior envolvimento das comunidades na vida política nacional. Ele reforçou que críticas ao governo são legítimas e devem ser estimuladas.

Se estiver errado, tem que meter o cacete”, disse, ao defender a liberdade de expressão como parte essencial da democracia.

O presidente ainda orientou os comunicadores das periferias a exercerem pressão não apenas sobre a esfera federal, mas também sobre os governos municipais. Segundo ele, a fiscalização deve alcançar prefeitos e demais autoridades locais.

Janja reforça papel da comunicação popular

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, também participou do encontro. Ela afirmou que a comunicação governamental precisa ir além da atuação da Secretaria de Comunicação Social (Secom) e que as próprias comunidades devem assumir papel ativo nesse processo.

A comunicação não é só a que a Secretaria de Comunicação Social faz, é o que cada um faz, temos de ser os comunicadores do governo”, declarou. “Se dependermos só da Secom ficar fazendo vídeo no Instagram, não vai funcionar. Precisamos voltar a fazer o boca a boca que nem 20 anos atrás.”

Do Contra Fatos 

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