A Operação Muditia que investiga um grupo ligado ao PCC envolvido de montar amplo esquema de fraudes em licitações de prefeituras e câmaras municipais do Estado resultou em 13 prisões.
A Força-tarefa do Ministério Público e da Polícia Militar de São Paulo teve início nesta terça-feira (16). Entre os presos estavam três vereadores de Ferraz de Vasconcelos, Santa Isabel e Cubatão. As ordens partiram da 5.ª Vara Criminal de Guarulhos, na Grande São Paulo.
Os investigadores apreenderam 22 celulares, 22 computadores, quatro armas de fogo, R$ 3,5 milhões em cheques e R$ 600 mil em espécie, além de US$ 8,7 mil. Ao todo, os investigadores fizeram buscas em oito companhias nesta terça.
O grupo criminoso, elo do PCC em administrações e legislativos municipais, fazia uso de empresas ‘parceiras’. A principal das empresas sob suspeita fechou contratos que somam R$ 200 milhões com órgãos públicos municipais.
Segundo a Promotoria, algumas contratações ‘atendiam a interesse do PCC, que tinha influência na escolha dos ganhadores de licitações e reparte dos valores ilicitamente auferidos’.
Os promotores apontam que o envolvimento da facção se dava de duas maneiras: alguns integrantes do grupo eram titulares de empresas sob suspeita, ‘diretamente no papel’, ou via laranjas; o PCC deliberava sobre a ‘sorte dos contratos, quando havia divergências entre as empresas’. “Competia ao crime decidir”, afirmam os promotores de Justiça que integram a força-tarefa da Operação Muditia.
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