Presidente diretório estadual do partido foi orientado pelo advogado a remeter o caso de volta para o cacique da legenda

O pedido de expulsão do deputado federal Yury do Paredão (PL-CE), que posou com ministros do governo Lula (PT) fazendo “L”, símbolo do governo petista, voltou para as mãos do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Isso porque, o presidente do diretório estadual, Acilon Gonçalvez, entendeu que o caso tem de ser deliberado pela direção nacional.
Na última terça-feira (18), Acilon divulgou uma nota afirmando que abriria um processo de investigação sobre a fidelidade partidária do parlamentar, e que ouviria as partes. Contudo, Gonçalves, que também é prefeito da cidade Eusébio (CE) informou que foi orientado pelo advogado a remeter o caso de volta para Valdemar e enviou um ofício para o comando nacional do PL.
Agora, o departamento jurídico do PL nacional vai analisar o caso e dizer o encaminhamento a ser dado.
O cacique do partido de Bolsonaro abriu um processo administrativo, na última segunda-feira (17), após ter conhecimento da fotografia. De acordo com Costa Neto, a conduta do parlamentar ” não comungar com os ideais do Partido Liberal”, por essa razão, foi originada um pedido de expulsão de Yury.
A ala mais bolsonarista do partido defende que o parlamentar continue na sigla e discorda do pedido de expulsão, pois avalia que seria um prêmio, já que a medida permite ao deputado continuar com o mandato.
Processos de expulsão nos diretórios, porém, podem ser transformados em punições intermediárias, mas que na prática, geram dano maior ao político. A suspensão, por exemplo, tira a pessoa das atividades partidárias, e pode até impedi-la de ter o nome em chapa eleitoral.
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