Um dos blocos mais tradicionais da folia baiana, o Afoxé Filhos de Gandhy, corre o risco de não participar do Carnaval em 2022, caso a festa aconteça.
O dilema, que ganha um outro capítulo nesta terça-feira (23), com uma nova audiência pública na Câmara Municipal promovida pela Comissão do Carnaval, parece estar deixando de lado os blocos afros e afoxés de lado.
Segundo Gilsoney de Oliveira, presidente do bloco, em entrevista ao Isso É Bahia, da rádio A Tarde FM, a liga de blocos afros e afoxés não está sendo incluída nos debates relacionados a festa.
"Até agora o poder público não nos convidou para conversar sobre o assunto. A gente fica esperando, porque não tem nenhum decreto, portaria, determinando se vai ter o Carnaval. Tem especulação".
Para Gilsoney, o prazo de preparação para a folia em 2022 está apertado. É esperado que uma decisão seja tomada até o final de novembro, favorável ou não ao Carnaval.
"Estamos praticamente em dezembro, aguardando uma decisão, acho que está muito em cima para que a gente se mobilize para fevereiro, e também a questão de patrocínio, apoio"
O presidente não descarta a participação do Gandhy na folia do ano que vem, caso aconteça, mas afirma que precisará de um apoio maior para colocar o bloco na rua.
"Nossas fantasias são feitas artesanalmente, não é igual ao abadá, então nós temos quase 21 itens para fabricar. A data (limite) praticamente já passou, porque se for fazer um Carnaval dentro de 70 dias eu quero ver de que forma o poder público vai viabilizar para que a gente possa fazer isso em um tempo curto".
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